Coisas que aprendo no Caminho fala de lições do dia a dia. Ensinamentos do Mestre,aprendizados, sonhos, situações e momentos que fazem parte da minha vida. Uma caminhada de reflexão e compartilhamento, onde espero dividir as Coisas que Aprendo no Caminho. (Pr. Welington Alves)







quarta-feira, 4 de julho de 2012

O poder da mesa e a importância da refeição em família


A mesa. Para alguns, apenas uma peça do mobiliário doméstico que serve para compor um ambiente da casa e deixá-lo mais bonito. Para outros, um local cômodo e rápido para depositar tudo o que se traz da rua e se empilham diversas coisas.

Mas um fato é certo. Quando o indivíduo utiliza a mesa para a comunhão por meio do alimento, ele desenvolve uma mente mais inteligente, espírito mais forte, corpo mais saudável e torna-se uma pessoa mais feliz. A autora Devi Titus traz à tona esse assunto no livro “A Experiência da Mesa”. Com o intuito de levar o leitor a descobrir relacionamentos mais profundos e significativos, Devi defende que a mesa tem um impacto significativo sobre a alma. Ela trata os instantes à mesa como um tesouro que, ao ser aplicado na hora certa, pode resultar em novos níveis de satisfação nos relacionamentos.

A vida moderna, o excesso de compromissos, o tempo escasso e também a negligência têm sido os grandes responsáveis pela perda desse momento, que pode ser considerado sagrado. O ritmo acelerado da sociedade contemporânea ocasiona a perda de uma comunicação de qualidade e o enfraquecimento das relações interpessoais. Assim, a família, a comunidade e até a nação acabam sofrendo as consequências da desagregação.

Através do princípio da mesa, a autora, que é uma das mais reconhecidas conferencistas e escritoras cristãs da América do Norte, destaca que o simples fato de abandonar um hábito como o de sentar-se à mesa e compartilhar a refeição faz com que o indivíduo acabe por se esquecer de valores considerados fundamentais na vida familiar. “Não existe experiência de vida que substitua a conexão e o significado criados ao comermos juntos à mesa”, resume ela. O importante é a troca de afeto. E isso é o que constrói uma família.

Incrementar esse momento diante da mesa potencializa a comunicação entre os membros da família, pois quando todos têm a oportunidade de se posicionar face a face, a compreensão da escuta e da fala se iguala, promovendo comunhão e momentos inesquecíveis que, com certeza, irão trazer crescimento e serão lembrados para sempre.

Na Escritura Sagrada, há relatos que se referem à mesa desde o Velho Testamento. A primeira vez que a palavra é usada na Bíblia é em Êxodo 25. Nesse capítulo, Deus entregou a Moisés instruções muito detalhadas sobre o mobiliário a ser colocado no Tabernáculo, o primeiro lugar oficial de reunião para o Seu povo. Há registros de ocasiões importantes em que o encontro à mesa resultava não apenas no partilhar do pão, mas também na transmissão de doutrinas, valores, ideais e posturas, fato também comprovado pela ciência. Estudos realizados por universidades da Alemanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha afirmam que esse momento ajuda na organização social, na imposição de limites, no enriquecimento das relações interpessoais e do vocabulário.

SANTA MESA

Pensando na realidade bíblica, vale a pena observar a experiência de Jesus com os discípulos. Um dos elementos pedagógicos usados por Cristo para ensinar e transformar a vida de 12 homens com histórias e vivências diferentes foi a reunião em torno da mesa. Nesse lugar especial, Jesus teve seus pés ungidos por uma mulher e ensinou que quem sabe o quanto foi perdoado consegue expressar um coração mais grato e adorador (Lucas 7:37).

Em outra ocasião ao redor da mesa, Jesus celebrou a ceia com os discípulos, e mesmo sabendo que Judas O trairia, não o privou daquele momento, aproveitando o ensejo para ensinar que ali é um lugar de acolhimento. O Filho de Deus estava sempre cercado por um grupo, fosse grande ou pequeno, e utilizava elementos comuns à mesa daquele tempo para ilustrar ensinamentos simples e profundos.

O livro de Atos, capítulo 24, relata que, ao ressuscitar, Jesus aparece no caminho de Emaús para os discípulos, que só percebem que quem estava com eles era Cristo quando param para jantar. E lá estava novamente a mesa. Também ressurreto, Jesus aparece aos discípulos em um jantar na praia e, nesse encontro, Ele restaura Pedro. A mesa foi um lugar especial na vida diária do Salvador. Dessa forma, ela também pode e precisa ser um lugar especial para a edificação familiar hoje.

O psicólogo e pastor da Igreja Presbiteriana Filadélfia, Iranildo Ferreira, é casado há 12 anos com Tárcia. Com a chegada do pequeno Gustavo há pouco mais de um ano, o casal passou a observar que um momento interessante de ensinar valores ao filho era durante as refeições. Por isso, considerou o quão necessário era estabelecer na rotina da família o hábito de ter esse momento de comunhão à mesa.

Além de o casal ter que cumprir suas atividades profissionais, Gustavo passou a frequentar a creche e, com isso, a família ficou privada da presença um do outro pela maior parte do tempo. “Seguindo os princípios bíblicos, identificamos o poder da celebração ao redor da mesa, justamente quando nos demos conta de que estávamos reféns de nossos compromissos externos e insensíveis aos compromissos dentro de casa”, verificou Iranildo.

Uma vez constatado isso, a celebração em família passou a fazer do encontro um momento em que simultaneamente pais e filho dispõem ali de um alimento para a vida e para o reforço dos laços amorosos. A vivência partilhada torna o ser humano mais próximo, resultando na conquista de uma intimidade semelhante à do encontro pessoal que Adão e Eva tinham com Deus diariamente no Jardim do Éden.

A mesa é também um sinal de alegria e comunhão (Ap 3:20). Na parábola do filho pródigo, vê-se que ele não sentia saudade das viagens, das faculdades pagas pelo pai, mas que recordava com alegria os momentos em torno da mesa e da presença familiar (Lucas 15:17). Além disso, é bom ressaltar que o ápice da reunião cristã é a ceia, ou seja, mais uma vez a mesa está representada.

Nos momentos em que Jesus não estava presente em forma humana, Ele ensinou que o pão seria a figura que O representaria, permaneceria como peça central da mesa e como forma de enfatizar a presença sobrenatural e redentora de Sua existência. “Não é apenas comer à mesa que faz a diferença. Comer à mesa com a presença da graça é o que importa”, ensina Devi, destacando que ali é um lugar para edificar e não para destruir.

CIÊNCIA A FAVOR DA RELIGIÃO

A hora da refeição é considerada por psicólogos, psicopedagogos e pediatras muito importante para a educação, não só alimentar, mas psicológico-existencial das crianças. A socióloga alemã Ângela Keppler conduziu uma pesquisa com 300 famílias alemãs, onde se demonstrou que famílias que optam pelo velho hábito de conversar durante as refeições, em vez de assistir à televisão, obtêm maior harmonia e fluidez em suas relações. A socióloga chegou à conclusão de que uma das melhores terapias familiares é a comunicação à mesa.

As comprovações científicas não param por aí. Estudos da Escola de Pedagogia de Harvard, nos Estados Unidos, revelam que quem compartilha regularmente as refeições com a família, além de comer melhor, tem maior bem-estar físico e emocional. No Centro Nacional de Dependência e Abuso de Drogas da Universidade de Columbia (EUA), foi descoberto que quanto mais refeições são feitas junto com os pais, mais os filhos se dão bem na escola e atrasam a iniciação sexual; além de ter menos probabilidade de beber, fumar, usar drogas, ficarem deprimidos, brigarem ou desenvolverem distúrbios alimentares.

Um levantamento realizado em 2007 com 20 mil alunos ingleses de 16 anos demonstrou uma forte relação entre refeições regulares à noite com a família e o bom desempenho no exame escolar feito por todos os secundaristas da Grã-Bretanha. Ainda na Grã- Bretanha, segundo os dados da pesquisa, que foram recentemente publicados pelo departamento de “Crianças, Escolas e Famílias” do governo britânico, constatou-se que os melhores resultados estavam entre os filhos de famílias que se reuniam para jantar.

Outra pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, mostrou que a criança que se senta à mesa com os pais alimenta-se melhor em comparação aos coleguinhas que comem sozinhos. Ainda em outra análise, com 16 mil crianças de nove a 14 anos, as frutas e vegetais aparecem quase duas vezes mais no prato daquelas que fazem as refeições com a família ao redor da mesa.

Esse fato foi comprovado pela família Pelição. Membros da Missão Evangélica Praia da Costa, os pais, João Batista e Vanuza, passaram a se incomodar ao ver suas crianças almoçarem vendo televisão. “Há cinco anos sentamos todos à mesa. Isso ocorre no café da manhã, almoço e jantar. As crianças passaram a comer alimentos que antes não comiam. Incentivamos também a autonomia, a partir do momento em que permitimos que se sirvam sozinhas, além de fazermos a oração e lembrarmos que o alimento é dado por Deus”, explica Vanuza.

De acordo com a mãe, as crianças não comiam determinadas preparações e, quando começaram a ver o exemplo dos pais, animaram-se a experimentar e aceitar determinados alimentos. “Comer juntos à mesa é um ato de decisão, é necessário pulso firme e persistência”, resume. Para atrair ainda mais a família e vencer a batalha contra a televisão, Vanuza conta que varia a forma em que a mesa fica disposta e que, inclusive, fazem piqueniques em outros cômodos da residência, proporcionando um momento diferente, alegre e descontraído, colocando em prática o que Devi Titus orienta: “sua mesa deve sempre ser vista como um lugar feliz, de interação, calor humano e aceitação.”

REFEIÇÃO INOVADORA

Buscar meios alternativos, semelhantes e tão eficientes quanto a forma tradicional de se assentar a uma mesa faz parte do bom hábito neste processo. Fabio Hertel, membro da Missão Evangélica Praia da Costa e diretor de Comunicação e Novos Negócios da Hortifruti, porém mais conhecido como “the table man”- já que fala tanto sobre o assunto -, ressalta que esta é uma semeadura com colheita perene, mas não instantânea.

The table man (o homem mesa) arrisca a dizer que, talvez por isso, essa sociedade imediatista não veja tantas vantagens de estar em família à mesa. É uma relação como outra qualquer, e como tal, tem que ser aprofundada, conquistada. Sentar-se à mesa é um salto que precisa ser experimentado por toda a família. Com os adultos, é preciso informar, conscientizar e decidir: só faremos refeições à mesa. Com as crianças, necessita-se de um pouco de paciência e muita criatividade.

Fabio inova e diz que a mesa tem que ser uma atividade legal, lúdica e abençoadora. “Criei um jogo da família, com 20 prendas para serem pagas após as refeições; brincamos de jogo da velha, forca, telefone sem fio e outros passatempos. Tudo para que aquele momento seja bem divertido. Temos várias toalhas quadriculadas e fazemos piquenique dentro do apartamento. Nossa mesa tem que ser alegre”, aponta.

Os líderes de casais da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério do Aribiri, Robson e Fabiane Borges, contam que herdaram esse hábito de sentar-se à mesa com os familiares e já o aplicam no dia a dia com a sua filha, Julya, de 8 anos. Mesmo morando em uma casa pequena e tendo uma mesa de apenas quatro lugares, a família Borges faz questão de providenciar condições para que quando extrapolar o número de ocupantes, as visitas partilhem juntas desse momento sagrado que é a refeição. “Se não tivermos tempo para a esposa podemos nos distanciar e esquecer que nos amamos. Se não tivermos tempo para nossos filhos, o traficante tem. Por isso o mundo que está cada vez mais perdido e todo tipo de prevenção é válida”, constata Robson.

Com relação à hora mais apropriada para se organizar esses encontros, a dica de Fábio é que os pais sejam flexíveis, coerentes, mas resolutos. Quanto mais, melhor. E qualquer momento, ou qualquer refeição, é uma oportunidade para se divertir à mesa. “Estar com a família é sempre bom, mas a mesa é um altar que precisa ser restaurado dentro de nossas casas. Sob este aspecto, nada pode substituí-la. Aconselho que se comece aos poucos e se vá avançando na prática de se reunir à mesa”.

É como uma disciplina devocional. Não deve ser encarada como um castigo, mas como uma bênção de Deus. É um tempo mágico, de encontro com quem se ama. A mesa é muito democrática, adultos e crianças ficam mais ou menos da mesma altura. The table man relembra que as cinco maiores religiões do mundo – judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo, e cristianismo – recomendam as refeições familiares.

“Creio também que é uma vereda antiga, um princípio de Deus que foi se perdendo”, reconhece. Um dos piores momentos da vida de Israel foi quando cada um fazia o que queria de forma isolada. Cada um fazia o que achava mais reto (Juízes 21:25b). O texto não fala que o povo fazia coisas erradas, mas o que achava bem aos seus próprios olhos, sem vínculo ou comunhão. “Quando a família não se encontra à mesa, o povo não se encontra como nação”, resume Fabio.

Para encerrar, a autora Devi Titus faz uma convocação aos leitores: “Se quisermos preservar e proteger nosso lar, casamento e nossa família, desfrutar do potencial escondido que estamos perdendo e restaurar um princípio fundamental que o próprio Senhor estabeleceu há milhares de anos, então, é hora de arrumarmos a mesa!”.

Fonte: Revista Comunhão

Número de divórcios no Brasil é recorde e problema atinge a Igreja



“O que Deus uniu o homem jamais separe!”. Ao que parece, essa sentença nunca esteve tão ameaçada quanto nos dias de hoje. O casamento, como instituição sagrada, imutável e indissolúvel, vem perdendo prestígio por conta de um conjunto cada vez maior de circunstâncias.

No Brasil, o fim da exigência de prazos para dissolução legal dos casamentos fez com que a taxa geral de divórcios atingisse, em 2010, o seu maior patamar desde 1984, quando foi iniciada a série histórica das Estatísticas do Registro Civil, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atingindo 1,8 por mil habitantes entre pessoas de 20 anos ou mais. Ainda de acordo com o Instituto, entre 1990 e 2007, ou seja, em apenas 23 anos, a taxa de divórcio cresceu 200%.

Embora não haja nenhuma pesquisa específica que aponte os números de separações entre evangélicos, é possível supor que o problema atinja também esse segmento da sociedade em proporções inéditas. Basta que o leitor observe sua própria congregação. Dificilmente não haverá casamentos desfeitos em sua igreja. Mas, quais são os fatores causadores desta situação, que afeta em cheio as famílias brasileiras? O que diz a Bíblia sobre o divórcio? Como agem as organizações evangélicas destinadas a ajudar os casais em crise?

Segundo especialistas em terapia de casal ouvidos pela reportagem da revista Comunhão, os problemas que mais afligem a vida a dois – mesmo a dos casais evangélicos – são aqueles relacionados a dificuldades financeiras, relacionamentos conflituosos com a família de origem, vida sexual, saúde debilitada e decepções. Falta de diálogo e infidelidade conjugal também são reclamações constantes. Por esse prisma, a tecnologia vem contribuindo em muito com o aumento do número de divórcios no mundo, seja afastando os casais de uma convivência real em favor do mundo virtual, seja abrindo oportunidades perigosas ou angariando provas da infidelidade do homem ou da mulher.

A proliferação de câmeras digitais e smartphones, aliada à popularização das redes sociais, fazem com que os cônjuges infiéis tenham mais dificuldade em escapar incólumes, tendo um papel cada vez maior nas separações de casais, segundo advogados especializados em divórcios. Embora não se consiga medir com exatidão a relação entre essas ferramentas e o fim das relações, a Associação de Advogados Matrimoniais dos EUA estima que as publicações no Facebook já correspondam a 20% das provas apresentadas por cônjuges do país na hora da separação, de acordo com pesquisa divulgada neste mês de março.

O pastor Cláudio Almeida dos Santos, que há três anos vem realizando encontros para casais em sua igreja, a Assembléia de Deus Missão Shekinah, em Vila Velha (ES), aponta outro fator que causa graves problemas nos relacionamentos de hoje: as expectativas irreais que um tem sobre o outro. “Ou seja, as pessoas esperam do seu cônjuge aquilo que ele não pode dar e, com o passar do tempo, começam a achar que fizeram a escolha errada, ou mesmo que não estavam preparados para assumir um compromisso tão sério”, explica o pastor.

Curiosamente, o próprio Cláudio quase terminou seu casamento anos atrás, devido a outro grave problema social: “Sou alcoólatra. Estou liberto desse vício desde que me converti. Mas, na época, minha esposa, Sonia, inúmeras vezes pensou em sair de casa. Nunca nos agredimos fisicamente, mas com palavras eu a fiz sofrer muitas vezes. Eu dormi muitas vezes na rua, sem condições de chegar em casa”, revela.

A tragédia causada pelo alcoolismo só foi evitada porque Cláudio se converteu ao Evangelho. Mas, conta ele, uma mudança profunda no relacionamento com a esposa levou mais tempo e outro tipo de “processo interno”. Cláudio relata que levou mais de 20 anos para encontrar a verdadeira harmonia no casamento: “Estamos casados há 28 anos, mas sempre vivemos uma vida de muitos conflitos. Cheguei a pensar em me separar, a abandonar tudo, mas o temor a Deus, e o medo de voltar à vida que eu tinha antes de me converter, me fizeram procurar ajuda. Somente há cerca de quatro anos conseguimos resolver nossos problemas, graças a muita terapia e orações. Tem de ter esperança e paciência para vencer essa batalha”. O pastor conta que, a partir de sua própria experiência, iniciou seu ministério com casais baseado na seguinte premissa: “O que Deus uniu, o homem, os parentes, a vida financeira, a saúde…nada pode separar!”

Separar ou não, eis a questão…

Há vários textos bíblicos que apoiam os argumentos daqueles que defendem a tese de que o casamento é indissolúvel. Em Mateus 19, o próprio Jesus responde às perguntas dos fariseus acerca do divórcio: “E aconteceu que, concluindo Jesus estes discursos, saiu da Galiléia, e dirigiu-se aos confins da Judéia, além do Jordão; E seguiram-no grandes multidões, e curou-as ali. Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.

O apóstolo Paulo, em sua primeira carta ao povo de Corinto, também fala sobre o tema de forma inflexível, no capítulo sete: “Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz. Porque, de onde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? ou, de onde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?”.

O texto é claro, mas não resolve o problema de quem sofre dia a dia com uma convivência difícil. Em grande parte, quando se chega a esse ponto, já não há mais amor entre os cônjuges. Então, a solução seria viver uma vida acorrentado à tristeza, abrindo mão assim da possibilidade de uma vida supostamente mais feliz? Diretor e conferencista do Oikos, ministério cristão de apoio à família, Gilson Bifano diz que a argumentação de que o amor acabou e, em consequência, não há por que lutar para reatar o casamento, não condiz com a realidade do problema.

“O amor acaba porque os casais não o alimentam. Amar é uma decisão. Todos os dias deve haver disposição de amar o cônjuge. O abandono do casamento não é da vontade de Deus, especialmente para os casais cristãos. Eu diria que os casais com dificuldades deveriam lutar pelo casamento, procurar ajuda através de um aconselhamento, ou uma terapia. Se os casais lutarem por seus casamentos, teremos, com certeza, menos divórcios” diz ele, de forma simples.

Com a mesma esperança na restauração, por vezes milagrosa, o pastor Narciso Marques, coordenador do ministério Casados Para Sempre, da Igreja Batista de Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), diz que receberá aproximadamente 200 casais, divididos em 33 grupos, apenas no primeiro semestre deste ano. O ministério tem diversos programas para o fortalecimento da vida a dois daqueles que querem prevenir uma crise ou mesmo para aqueles que já vivem uma realidade dolorosa. Há encontros, acampamentos de casais e oportunidades para aconselhamento individual e, até mesmo um curso de finanças para a família – área que costuma gerar muitos conflitos.

“Recebemos casais com todo tipo de problemas, não dá nem para descrever. São coisas inusitadas até, desde casos em que o casal não consegue tirar o filho já crescido da cama deles até os que se separaram devido aos filhos terem graves problemas com drogas. Há aqueles que já estão com aos papéis do divórcio em andamento. Mas, não importa a situação, se houver o interesse e empenho dos dois, a coisa é reversível, por mais caótica que seja aos olhos do homem. Deus age. É isso que nos diferencia de outros grupos de apoio não crentes. Nós, evangélicos, contamos com a intervenção divina!”.

Já o pastor Julio César de Araújo, um dos líderes do ministério Casados Para Sempre criado pela Igreja Evangélica Congregacional do Brasil, destaca, do alto de seus 11 anos de experiência no treinamento de casais e de conselheiros matrimoniais, a preocupação com os efeitos sobre a família que, ele afirma, pode ser afetada de uma forma muito traumática: “Quando há a quebra de aliança com Deus e, por consequência, a separação do casal, vai haver uma série de transtornos na família, seja pela ausência da figura do pai ou da mãe, principalmente quando as crianças são pequenas, na primeira infância. Isso afeta demais o lado emocional e o espiritual das crianças. Tem gente que diz que, após se divorciar, a convivência com os filhos melhorou, mas isso não existe, é balela. Filhos de pais separados têm dificuldades que, por vezes, se manifestam por toda vida”, diz.

O pastor Julio vê com bons olhos o aumento do número de casais que estão optando pela guarda compartilhada – conforme levantamento do IBGE o número de casais que concordou em ter a guarda compartilhada de seus filhos (menores de idade) subiu de 2,7%, em 2000, para 5,5% em 2010 – mas diz que a medida não soluciona o problema: “É claro que ela diminui o trauma da separação, que minimiza os danos emocionais da ruptura familiar, mas isso não pode ser visto como uma solução definitiva. A solução é amparar as famílias para que elas não se dissolvam”, alerta o pastor.

Fonte: Revista Comunhão

sábado, 31 de dezembro de 2011

Para começar bem o ano


Ed René Kivitz, um dos colunistas da revista Ultimato, divulgou um texto bastante inspirador em seu blog, o qual reproduzimos abaixo.


Sugestões para 2012
1. Não assuma compromissos do tipo “vou iniciar uma dieta”, “vou começar alguma atividade física”, “vou terminar o curso de inglês”. Esse tipo de coisa serve apenas para acumular culpa e frustração sobre os seus ombros.
2. Não acredite nesse pessoal que diz que “sem meta você não vai a lugar nenhum”. Pergunte a eles por que, afinal de contas, você tem que ir a algum lugar. Trate esses “lugares futuros imaginários” apenas como referência para a maneira como você vive hoje – faça valer a caminhada: se você chegar lá, chegou, se não chegar, não terá do que se arrepender. A felicidade não é um lugar aonde se chega, mas um jeito como se vai.

3. Não pense que você vai conseguir dar uma guinada na vida apenas mudando o seu visual. É a alegria do coração que dá beleza ao rosto, e não a beleza do rosto que dá alegria ao coração.
4. Não faça nada que vá levar você para longe das suas amizades verdadeiras. Amizades levam um tempão para se consolidar e um tempinho para esfriar, pois assim como a proximidade gera intimidade, a distância fragiliza os vínculos.
5. Não fique arrumando desculpas nem explicações para as suas transgressões. Quando cometer um pecado, assuma, e simplesmente diga “fiz sim, me perdoe”. Comece falando com Deus e não pare de falar até que tenha encontrado a última pessoa afetada pelo que você fez.
6. Não faça nada que cause danos à sua consciência. Ouça todo mundo que você confia, tome as suas decisões, e assuma as responsabilidades. Não se importe em contrariar pessoas que você ama, pois as que também amam você detestariam que você fosse falso com elas ou se anulasse por causa delas.
7. Não guarde dinheiro sem saber exatamente para que o está guardando. Dinheiro parado apodrece e faz a gente dormir mal. Transforme suas riquezas em benefícios para o maior número de pessoas. É melhor perder o dinheiro que ocupa seu coração, do que o coração que se ocupa do dinheiro.
8.Não deixe de se olhar no espelho antes de dormir. Caso não goste do que vê, não hesite em perder a noite de sono para planejar o que vai fazer na manhã seguinte. Ao se olhar no espelho ao amanhecer, lembre que com o sol chega também a misericórdia de Deus: a oportunidade de começar tudo de novo.
9.Não leve mágoas, ressentimentos e amarguras para o ano novo. Leve pessoas. Sendo necessário, perdoe ou peça perdão. Geralmente as duas coisas serão necessárias, pois ninguém está sempre e totalmente certo. Respeite as pessoas que não quiserem fazer a mesma viagem com você.
10.Não deixe de se perguntar se existe um jeito diferente de viver. Não acredite facilmente que o jeito diferente de viver é necessariamente melhor do que o jeito como você está vivendo. Concentre mais energia em aprender a desfrutar o que tem do que em desejar o que não tem.
11. Não deixe o trabalho e a religião atrapalharem sua vida. Cante sozinho. Leia poesias em voz alta. Participe de rodas de piada. Não tenha pressa de deixar a mesa após as refeições. Pegue crianças no colo. Ande sem relógio. Fuja dos beatos.
12.Não enterre seus talentos. Nem que seu único tempo para usá-los seja da meia noite às seis. Ninguém deve passar a vida fazendo o que não gosta, se o preço é deixar de fazer o que sabe. Útil não é quem faz o que os outros acham importante que seja feito, mas quem cumpre sua vocação.
13.Não crie caso com a mulher ou com o marido. Nem com o pai nem com a mãe. Nem com o irmão nem com a irmã. Caso eles criem com você, faça amor, não faça a guerra. O resto se resolve.
14.Não jogue fora a utopia. Ninguém consegue viver sem acreditar que outro mundo é possível. Faça o possível e o impossível para que esse outro mundo possível se torne realidade.
15.Não deixe a monotonia tomar conta do seu pedaço. Ninguém consegue viver sem adrenalina. Preste bastante atenção naquilo que faz você levantar da cama na segunda-feira: se for bom apenas para você, jogue fora ou livre-se disso agora mesmo. Caso não queira levantar da cama na segunda-feira, grite por socorro.
16.Não deixe de dar bom dia para Deus. Nem boa noite. Mesmo quando o dia não tiver sido bom. Com o tempo você vai descobrir que quem anda com Deus não tem dias ruins, apenas dias difíceis.
17.Não negligencie o quarto secreto onde você se encontra com seu eu verdadeiro e com Deus – ou vice-versa. Aquele quarto é o centro do mundo – o mundo todo cabe lá dentro, pois na presença de Deus tudo está e tudo é.
18.Não perca Jesus de vista. Não tente fazer trilhas novas, siga nos passos dEle. O caminho nem sempre será tão confortável e a vista tão agradável, mas os companheiros de viagem são inigualáveis.
19.Não caia na minha conversa. Aliás, não caia na conversa de ninguém. Faça sua própria lista. Escolha bem seus mestres e suas referências. Examine tudo. Ouça seu coração – geralmente é ali que Deus fala. Misture tudo e leve ao forno.
20.Não fique esperando que sua lista saia do papel. Coloque o pé na estrada. Caso não saiba por onde começar, não tem problema. O sábio disse ao caminhante que “não há caminho, faz-se caminho ao andar”.
Qual dessas dicas mais te confronta? E quais são suas resoluções de Ano Novo?

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Religião: Uma Bandeira Do Inferno



Acabo de ler meu último livro do ano. “Religião, Uma bandeira do Inferno”, escrito pelo Pr. Glênio Paranaguá.
Muito bom!
Nele, o autor faz uma distinção entre religião dos homens e o Evangelho de Deus e  disserta sobre o assunto afirmando que religião é uma iniciativa do homem para se reencontrar com Deus.
Na religião, o ser humano tenta subir uma escada de méritos e boas ações, para reencontrar com Deus no último degrau. É uma tentativa do gênero humano de se fazer digno e credor de um relacionamento satisfatório diante da divindade.
A religião produz um sentimento de conquista, e a pessoa se sente gratificada pelo seu desempenho cheio de esforço. É o caminho que dá a maior satisfação para o ego, em relação às coisas transcendentes e, como uma droga, a religião vicia e mantém os sujeitos contagiados com suas propostas sedutoras.
No altar da religião, está o “eu” assumindo o controle de sua aceitação e construindo toda espécie de rituais para se auto-iludir.
E este anseio teomânico do homem pelo trono de Deus é a motivação subjetiva para o seu projeto religioso que ganha o incentivo do inferno que entra com a lenha para incendiar os desejos da glorificação humana.
Do outro lado ao da religião, e com características completamente diferentes, está o evangelho da graça de Deus.
Jesus Cristo desceu do céu para se encontrar com o ser humano, no submundo do seu pecado, sem qualquer desempenho ou mérito desse homem falido.O evangelho é uma iniciativa totalmente divina, de cima para baixo, com o propósito de buscar o ser humano no seu território de rebeldia e incredulidade.
O evangelho mostra Deus se esvaziando de sua plenitude gloriosa e descendo até o nível do homem, na mais profunda humildade.
Jesus Cristo, achado em figura humana, assume toda a pecaminosidade desta raça orgulhosa e perversa, a fim de libertar a humanidade de sua arrogância essencial, por meio da graça imerecida. Graça que constitui a diferença fundamental entre o evangelho e as religiões. Nunca se ouviu falar que um Deus criador, glorioso, independente e onipotente se reduzisse ao nível da criatura, totalmente dependente, para reconciliar o homem, que se encontrava no seu estado de rebeldia altiva do pecado, com a gloriosa santidade do Deus excelso.
Portanto o evangelho é uma iniciativa completamente diferente de todos os formatos religiosos. A religião exige a aceitação do homem, através do seu desempenho, enquanto o evangelho aceita o homem, pelo desempenho de Cristo Jesus. Este é o nosso descanso perante a revelação imanente de Deus. Soli Deo Gloria.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Pra que tanta pressa?


Existe hoje, em nível mundial, um movimento contra a pressa.É uma mobilização para que as pessoas vivam de maneira mais lenta e mais proveitosa, ou seja desacelere.
Nós passamos o dia correndo de uma tarefa para outra e essa tirania da urgência tem consumido as nossas vidas. E a pergunta que se faz é: “Será que tudo isso vale a pena? Será que nós, nessa correria, não estamos deixando, em segundo plano as coisas mais importantes de nossa vida? Você já parou pra pensar nisso?

Deus quer falar com você. Mas você não tem tido tempo para ouvi-lo. PARE. Quem não tem tempo para Deus, tem o melhor pai do mundo e vive como órfão. PARE. Pare para lhe ouvir. Ele quer te dar uma vida melhor do que a que você tem vivido. Aliás, uma das maiores necessidades humanas nos dias de hoje é qualidade de vida, ou seja, vida em abundância. E só Jesus pode proporcionar essa vida. Ele disse “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”. (João 10:10.) Jesus é a fonte da vida abundante e Ele quer oferecer qualidade de vida a todos os que se aproximam dele. “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”. (Mateus 11.28)
Eu não sei como você está nesse instante, mas eu quero lhe dizer que de acordo com a Palavra de Deus,se você assumir hoje uma postura de acolhimento a pessoa de Jesus e de suas palavras, você poderá experimentar qualidade de vida emocional, física e espiritual. Pois Ele disse: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordara os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha”. Mateus 7.24-25
Eu quero que você saiba que as palavras de Jesus são capazes de redimensionar toda a nossa visão de mundo e de nós mesmos. Portanto se você construir sua caminhada, a partir de agora sobre os princípios ensinados por Jesus ou seja, praticando tudo que você aprendeu, todos os seus ensinamentos Você vai se tornar mais estável espiritualmente, mais capaz evitar o stress. Vai se tornar uma pessoa de bem com a vida. E isso é qualidade de vida! Ou seja. Para se ter qualidade de vida é preciso que Deus seja o centro de todo o nosso ser.
Precisamos amá-lo de: todo coração, toda alma, todo entendimento, todas as forças. Como está escrito: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças.” Esta repetição visa enfatizar que tudo em nós precisa estar completamente imerso em Deus.
O nosso grande problema é que, desde que a Queda aconteceu, nós achamos que podemos encontrar significado para nossa vida fora de Deus. Precisamos nos convencer de que isso não é possível. Não é possível encontrar significado para nossa vida fora de Deus. A vida que Deus sempre quis para o homem, só pode ser alcançada de verdade, quando você reconhecer e entregar sua vida a Jesus Cristo como o Senhor.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

"Mudaria o Natal ou mudei eu?" (Sylvio Macri)


O maior romancista brasileiro, Machado de Assis, era também poeta bissexto. E escreveu um lindo soneto, que encerra com a seguinte pergunta: “Mudaria o Natal, ou mudei eu?”.
Hoje responderíamos que na verdade nós é que mudamos todo o sentido do Natal. Mudamos toda aquela humildade e simplicidade maravilhosa de um menino nascendo no lugar mais desprezível da desprezível cidadezinha de Belém da Judéia. E um menino que era o próprio Deus encarnado. Mudamos toda aquela sensação no ar, da graça de Deus atuando, derramando amor sobre toda a humanidade. Mudamos toda aquela maneira santa e espontânea de festejar dos anjos e pastores.
“Não gosto do Natal”, foi o que ouvi de um colega de trabalho em meados de um mês de dezembro. “Por que?”, perguntei. “Porque é uma ocasião em que se vê muito fingimento”, respondeu. E completou: “Pessoas que não se falam o ano inteiro, no Natal se abraçam e até se beijam, e depois só se falam novamente em uma outra data especial”. Uma colega que estava na mesma sala disse: “O Natal sempre traz a mim, e ao meu filho, uma lembrança muito triste, pois foi quando me separei do meu marido, há seis anos atrás”.
Esta atitude com respeito ao Natal não me surpreendeu. Boa parte das pessoas que, por exemplo, bebem muito no Natal, o fazem para esquecer fatos tristes do passado que lhes vêm à mente nessa data, ou bebem para relaxar e superar seus constrangimentos ao ter que relacionar-se com pessoas que não apreciam ou que não conhecem.
Creio que a explicação disso é que as pessoas criam uma expectativa errada a respeito do Natal. Pensam numa época mágica, em que tudo tem que ser alegria, harmonia, paz. Seria muito bom se os problemas escolhessem ocasião para acontecer, e que não fosse no Natal, mas sabemos que não é bem assim. Por outro lado, é uma atitude egoísta pensar que o Natal tem que representar apenas bem-estar pessoal.
Que tal “re-mudarmos” o Natal? Que tal considerarmos a sua verdadeira natureza e o seu verdadeiro objetivo? O Natal se originou no coração do Deus que ama, que perdoa, que não leva em conta o nosso pecado, mas deu o melhor que tinha, seu próprio Filho, em sacrifício por nós. É o Natal do Deus-homem que esvaziou-se de toda a sua glória pessoal para tornar-se um de nós, sofrer como nós, morrer por nós. A salvação é o dom maravilhoso do Natal, mas representou desprendimento, humilhação dor e sofrimento. O Natal tem a finalidade de comemorar o amor que dá, não o amor que recebe; o altruísmo, não o egoísmo.
Que tal separarmos esse dia para a sincera adoração àquele a quem verdadeiramente pertence o Natal? Que tal dedicarmos esse dia a orações e ações de graças por tão grande bênção que Deus nos deu? Que tal empregarmos esse dia em humilde meditação sobre a nossa condição de pecadores perdidos e sobre o amor que Deus nos demonstrou, dando-nos o seu próprio Filho? Que tal aceitarmos esse maravilhoso e maior de todos os presentes que nos oferece na pessoa bendita de seu Filho?
E, então, mesmo que não sejamos poetas, ainda que bissextos, esse será para nós para nós um momento de intensa poesia, pois teremos a sensação de estarmos aninhados nos poderosos braços do Pai de amor, e seremos serenamente felizes.
Mudemos nossa expectativa e o Natal mudará!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Deus me abriu uma porta!


Hoje aprendi que muitas vezes nós interpretamos as circunstâncias da vida como sendo “a vontade de Deus”. Esqueçemos que geralmente elas refletem uma predisposição da nossa vontade mais profunda. E o que achamos de uma “porta aberta” pode ser uma tentação que precisamos resistir.
Aprendo então, que não devemos ler as nossas vidas de uma forma positivista, dizendo que ser algo “deu certo”, era a vontade de Deus. Precisamos de discernimento, da “mente de cristo”, para distinguir entre a vontade de Deus e uma tentação atraente e sutil. Pois não há verdadeiro progresso espiritual que não inclua a capacidade de perceber as astúcias do diabo.
Há caminho que ao homem parece direito, 
mas ao cabo dá em caminhos de morte.
Prov 14:12

sábado, 29 de outubro de 2011

“Não sou o dono do mundo, mas sou filho do dono”


Esta frase mais parece uma sugestão de santanás, do que uma verdade bíblica. Ela me faz lembrar da tentação no deserto, quando o diabo disse a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”.(Mt.4.11). Observem que o diabo procurou atingir o nível da obediência de Jesus ao Pai. Ele não tentou no nível da sua consciência de ser o filho. O diabo não disse: Será que você é filho de Deus mesmo? Duvido. E sim: Já que você é filho de Deus e tem todo o poder, o que você vai fazer como filho de Deus? Ou seja, Jesus foi tentado a usar seu poder de filho de Deus para os próprios fins, em vez de ser obediente ao Pai. Foi tentado a usar o seu poder como mágica, como simples técnica para realizar seus desejos.   

Penso que é assim de forma sutil que o inimigo das nossas almas nos tenta todos os dias ao sugerir: Você não é dono do mundo, mas é filho do dono. Tem todo o direito; reinvindique, tome posse. Já que você é cristão, mande que seu dinheiro cresça, que você seja bem sucedido, que todas as suas vontades se realizem, que você nunca passe por dificuldades na vida. É a religião do filho mimado, diz o professor Paul Freston em seu livro, “Nem Monge, nem executivo”. Uma religião tão própria de uma sociedade consumista que não consegue imaginar por que, tendo os meios à disposição, alguém poderia não transformar as pedras em pães.

Que Deus nos ajude a sermos obedientes e que jamais esqueçamos das palavras do Mestre: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Frase para reflexão


“Cuide de seus Pensamentos, porque eles se tornam Palavras. Escolha suas Palavras, porque elas se tornam Ações. Compreenda suas Ações, porque elas se tornam Hábitos. Entenda seus Hábitos, porque eles se tornam seu Destino.” Frank Outlaw

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"Cérebro de Pipoca"


Gilberto Dimenstein, membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo,  escreveu que “começa a se disseminar entre psicólogos americanos a expressão ‘cérebro de pipoca’ para designar um distúrbio estimulado pela internet”.

A causa do mal é o excesso de estímulos mentais simultâneos que dificulta às pessoas pura e simplesmente lidar com as realidades comezinhas da vida cotidiana, cujo ritmo é mais lento que um clique de mouse.

Na famosa Universidade de Stanford, um dos berços da revolução digital, o professor de psicologia social Clifford Nass constatou que muitos jovens que usam intensamente a internet ficaram incapazes de interpretar o significado de expressões faciais de homens e mulheres.

Segundo o professor esses jovens revelam uma espécie de analfabetismo emocional e padecem graves dificuldades de relacionamento, embora intensamente ligados a “redes de relacionamento”.
O problema, segundo Nass, “está tanto na falta de contato cara a cara com as pessoas como na dificuldade de manter o foco e verificar o que é relevante, percebendo sutilezas, o que exige atenção”.

O distúrbio do ‘cérebro de pipoca’ mostra que o excesso de informação digital bloqueia a habilidade da pessoa para distinguir o relevante do irrelevante.

Para outros analistas, distorções de origem digital, como a compulsão para se manter conectado com o computador ou o celular, pertencem à categoria de vício.

O distúrbio do “cérebro de pipoca” é induzido, segundo os especialistas compulsados por Dimenstein, pelo movimento caótico e constante de informações exigindo que se executem simultaneamente várias tarefas.

Por causa de alterações químicas cerebrais, a vítima passa a ter dificuldade para se concentrar num assunto só e fazer coisas simples da vida cotidiana, como ler um livro, conversar com alguém sem interrupção ou dirigir sem falar no celular.

É como se as pessoas tivessem dentro da cabeça a agitação do milho explodindo no óleo quente, resumiu Dimenstein.